Série 200 Maiores e Melhores: O futuro do Brasil depende da indústria

Confira o artigo sobre de que forma o Brasil depende da indústria publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Neste ano, viveremos um momento decisivo para o futuro do Brasil. Os eleitores escolherão o presidente da República, os governadores estaduais e os membros do Congresso Nacional que decidirão as políticas públicas do país entre 2019 e 2022, ano do bicentenário da nossa Independência. Caso os novos mandatários adotem as medidas corretas, poderemos voltar à rota do crescimento econômico e do bem-estar social. Se, porém, erros do passado se repetirem, mais uma oportunidade será perdida.

Mantido o ritmo de expansão dos últimos 10 anos, de apenas 1,6% anual, a economia brasileira levará meio século para alcançar a atual renda per capita de alguns países desenvolvidos. O Brasil, obviamente, pode avançar num ritmo muito maior.

Com reformas econômicas e institucionais, como as sugeridas no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, é possível crescer o dobro da taxa dos últimos anos. O Mapa é o roteiro para a construção de uma indústria competitiva, inovadora, global e sustentável.

O documento foi detalhado em 43 propostas sobre temas centrais para a competitividade do setor produtivo e do Brasil, que foram entregues aos principais candidatos à Presidência da República em evento ocorrido em julho, em Brasília.

Temos velhos e novos desafios – uns ainda do século 20 e outros, do século 21. Enfrentamos problemas como sistema tributário anacrônico e ineficiente, infraestrutura precária, educação de baixa qualidade, financiamento caro e relações de trabalho que, só recentemente, passaram por modernização.

De todas as disfunções, talvez a complexidade do sistema tributário seja a que mais reduz o potencial de crescimento da nossa economia, pois afeta a qualidade da governança, a capacidade de integração com o mundo e o ritmo de expansão da indústria. Além de equilibrar as contas públicas, com a imprescindível mudança nas regras da Previdência Social, o próximo governo terá que viabilizar a reforma tributária.

Nenhuma das duas medidas será concretizada sem liderança política. Outro problema que precisa ser solucionado é a insegurança jurídica, que causa prejuízos às empresas, aos trabalhadores e ao país. Ela permeia a tributação, as relações de trabalho, a regulação da infraestrutura e a atividade de empreender, gerando incertezas sobre o presente, o passado e o futuro. Sua magnitude e extensão paralisam as ações públicas e privadas.

A falta de clareza sobre direitos e deveres, além das constantes alterações em leis e marcos regulatórios, mina a competitividade da economia brasileira. Normas com redação imprecisa abrem espaço para interpretações divergentes pelo Poder Judiciário. O mesmo ocorre quando uma lei nova é elaborada em contradição com uma já existente, sem que haja a revogação explícita da anterior. Para que sejam previsíveis, as normas devem ser conhecidas, o que é dificultado, no Brasil, pelo excesso de leis e pela linguagem complexa e especializada.

A grande quantidade de ações tramitando nos tribunais, somada à excessiva demora no julgamento, também contribui para piorar a situação. Além de retirar crônicos obstáculos ao crescimento, o Brasil precisa se preparar para a agenda do século 21.

A nova revolução Industrial, chamada de Indústria 4.0, já é uma realidade. As instituições do Sistema Indústria estão se preparando para essa transformação. Nos últimos anos, criamos uma rede nacional de 25 Institutos Senai de Inovação, 58 Institutos Senai de Tecnologia e oito Centros de Inovação do Sesi no país, com apoio do BNDES.

Essas unidades vão induzir um novo nível de progresso para a indústria. Não há dúvidas de que o setor Industrial é o motor do desenvolvimento econômico do país. Graças a seu efeito multiplicador, a cada real produzido pela indústria, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira. A título de comparação, a agricultura acrescenta R$ 1,67; e o setor de serviços, R$ 1,51. Embora represente 21% do Produto Interno Bruto (PIB), a indústria responde por 51% das exportações, 68% dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento, e 32% da arrecadação de tributos federais. Além disso, gera 10 milhões de empregos.

A importância Industrial vai muito além desses números. Ela tem um papel estratégico para a dinamização de todo o segmento produtivo nacional, como ofertante e demandante de tecnologias. É na indústria que são desenvolvidos novas e mais produtivas variedades de sementes, os defensivos mais eficazes e seguros e as modernas máquinas agrícolas que fazem da agricultura brasileira uma das mais competitivas do mundo. O setor agrega valor à produção agrícola, transformando-a em novos produtos e materiais.

A indústria viabiliza o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, como pesquisa, desenvolvimento, design, logística e marketing, entre outros. Trata-se do setor que mais contribui para o crescimento da renda da população. Enquanto a média salarial dos trabalhadores com nível superior é de R$ 5.476, a dos industriários é de R$ 7.374.

Os trabalhadores com ensino médio recebem R$ 1.989, em média; e os da indústria, R$ 2.291. A diferença se deve à maior qualificação da mão de obra. Os próximos governantes precisam estar cientes da importância da indústria brasileira. Não há exemplo de sociedade que tenha se tornado relevante no cenário internacional sem indústrias fortes, inovadoras e competitivas.

Apenas com a retirada dos entraves ao desenvolvimento do setor Industrial, a economia nacional conseguirá recuperar sua capacidade de crescer de forma sustentada, possibilitando o aumento de investimentos e a geração de mais e melhores empregos. Mais do que nunca, o futuro do Brasil depende da indústria.

Acesse o Anuário completo!

Robson Braga de Andrade; Empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – O poder da inovação na nova Revolução Industrial

Confira o artigo sobre o poder da inovação na nova Revolução Industrial publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

A premissa de que a inovação precisava tornar-se questão central da política Industrial no Brasil nos fez, em 2008, criar a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), com o objetivo de contribuirmos, do lado empresarial, para o aprimoramento de políticas públicas que fortaleçam esse ecossistema em nosso país.

A razão de ser da MEI é o reconhecimento de que esse aspecto é vital para a competitividade e de que o futuro da indústria muito depende dessa iniciativa. Com base nessa percepção, temos trabalhado, ao longo da última década, para fortalecer o sistema nacional de financiamento e de suporte técnico à inovação. Atualmente, o Brasil ocupa o 64° lugar no Índice Global de Inovação, em um ranking no qual são avaliados 126 países. Da edição do ano passado para cá, subimos cinco posições.

Houve sinal de melhora, mas o caminho ainda é longo. A inovação é arriscada. Ela resulta de investimentos robustos e contínuos em pesquisa e desenvolvimento para aperfeiçoar algo existente ou criar algum produto ou processo com grande impacto na economia e na vida das pessoas. Logo, o conhecimento, a produtividade e a inovação são essenciais para dinamizar a economia e elevar o bem-estar social de uma nação.

Diversas unidades da Federação têm percebido essa importância e buscado adotar políticas locais de inovação. Um exemplo emblemático é a recém-criada Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), a fim de aproximar o setor produtivo da comunidade científica, na permanente busca por novos negócios e oportunidades de crescimento.

Além disso, leis estaduais de incentivos fiscais também precisam ser fortalecidas. No caso do Espírito Santo, destaca-se o conjunto de iniciativas que envolvem, por exemplo, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Lei O poder da inovação na nova revolução industrial Complementar Estadual nº 642/2012, que estabelece medidas desse tipo. Embora essa lei admita a possibilidade de concessão de recursos financeiros por subvenção econômica, não prevê, nas categorias de apoio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), essa modalidade de incentivo para inovação.

Por isso, é com grande entusiasmo que se recebe a assinatura do decreto para a criação do fundo de apoio à inovação, que conta com R$ 80 milhões para o desenvolvimento de projetos. Esse é um importante passo de aprimoramento da política estadual de inovação, que atua de forma complementar à Fapes e ao FDI, de modo a evitar que a falta de um instrumento de subvenção impeça a continuidade de iniciativas que podem ser revertidas em inovação, em competitividade e em crescimento da economia do Espírito Santo.

Do lado empresarial, acreditamos que o Brasil não pode esperar e tem potencial para continuar avançando. A indústria de transformação contribui com R$ 666 bilhões para a economia brasileira, o que representa 12% do PIB do país.

Nela, trabalham 6,8 milhões de pessoas. A indústria de transformação é responsável por 37% de tudo o que exportado pelo Brasil, concentra 63% dos investimentos com pesquisa e desenvolvimento do setor privado, responde a 24% da arrecadação de tributos fedeRais, além ser responsável por 17% da arrecadação previdenciária.

Por isso, seguimos empenhados. Atualmente, a MEI é o principal e mais bem consolidado fórum de diálogo entre os setores empresarial e público, com importante participação da academia. A participação crescente dos maiores líderes empresariais das indústrias que investem em inovação no Brasil legitima nossos pleitos com o governo e consolida o aprimoramento do ecossistema de inovação para crescermos cada vez mais. Nenhuma outra iniciativa brasileira se empenhou tanto em compreender as particularidades, os desafios e os ativos de nosso ambiente de inovação.

Estamos prontos para seguir em frente. Inovar é essencial para enfrentar os desafios dessa nova revolução Industrial e disruptiva, já em curso mundo afora. Nosso objetivo, como sempre, é estimular, cada vez mais, o desenvolvimento do Brasil.

Acesse o Anuário completo!

Gianna Sagazio; Superintendente nacional do IEL e diretora de Inovação da CNI.

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) como diferencial de competitividade

Confira o artigo sobre Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

A Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) e a promoção da saúde dos trabalhadores têm sido cada vez mais percebidas no meio empresarial como diferencial de competitividade, pois contribuem com a redução dos custos com a saúde e diminuem afastamentos por motivos de doença e acidentes de trabalho, possibilitando o aumento da produtividade da empresa.

Em pesquisa realizada em 2016 pelo Serviço Social da Indústria com cerca de 500 empresas de médio e grande portes, 71,6% afirmaram a importância em investir na gestão da segurança e saúde do trabalho e 61%, na promoção da saúde do trabalhador, sendo que as principais razões para esse grau de atenção são a preocupação pelo bem-estar do trabalhador e a prevenção dos acidentes de trabalho.

Alinhado a essa demanda da indústria e ao objetivo do Sesi em contribuir com a elevação da produtividade por meio da promoção do ambiente de trabalho saudável e seguro, foram realizadas no 1º semestre de 2018 ações destinadas à inovação em Segurança e Saúde do Trabalho, com atuação em rede com oito Institutos Sesi de Inovação.

Foram identificadas 41 ideias de projetos para indústria, além de realização de oito seminários de Gestão de SST para o eSocial, com a participação de cerca de 800 profissionais. Para apoiar a indústria na gestão estratégica da Segurança e Saúde no Trabalho e atendimento às exigências do eSocial, como análise de riscos e higiene ocupacional, foi lançada a plataforma digital Sesi Viva+ para a gestão de programas e serviços voltados à saúde, gerando informações para tomada de decisões sobre investimentos em segurança e saúde dos trabalhadores na indústria.

No cenário da Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho destaca-se a AMG Engenharia LTDA, empresa capixaba que atua nos segmentos de mineração, petróleo, siderurgia, obras portuárias, saneamento e construções industriais em geral. A empresa tem 30 anos de conquistas e seu sucesso se deve aos pilares de sua gestão: Qualidade, Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente.

O Sistema de Gestão Integrado é uma prova do compromisso contínuo da AMG com a Qualidade, Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente – SMS, e esta crescente evolução em suas práticas e cultura de SMS vem sendo reconhecida e consolidada com os prêmios recebidos ao longo dos anos.

Acesse o Anuário completo!

Julio Augusto Zorzal dos Santos; Diretor de saúde e Segurança na indústria do Sesi ES.

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Produtividade: o caminho para o crescimento da indústria

Confira o artigo sobre a importância da Produtividade para as indústrias publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

O cenário econômico enfrentado pela indústria brasileira é desafiador. Seja por conta de variáveis macroeconômicas do país, seja por aspectos microeconômicos das próprias empresas, o nível de competitividade do Brasil perante as grandes potências mundiais ainda enfrenta barreiras que precisam ser vencidas.

Entre as principais variáveis que devem ser tratadas, a produtividade é, sem dúvida, um destaque. Levantamento feito pela FGV mostra que a produtividade do trabalhador brasileiro caiu para US$ 16,80 por hora trabalhada. A título de comparação, um trabalhador na Alemanha produz US$ 64,40 por hora.

Como forma de melhorar esse cenário, as empresas necessitam investir constantemente na qualificação de sua mão de obra, incorporar métodos e ferramentas que reduzam perdas e otimizem produção, além de investir de modo constante em inovação para agregar valor a seus produtos.

Como estratégia para potencializar a aplicação de seus investimentos e obter resultados melhores, empresas têm buscado parcerias com instituições de ensino, tecnologia e inovação. Entre essas instituições está o Senai.

Criado com a missão de contribuir com a competitividade da indústria brasileira por meio da educação, tecnologia e inovação, o Senai investiu nos últimos anos na criação de soluções que gerem um alto impacto a um baixo custo para as empresas.

Curso de Lean Manufacturing, incorporação de ferramentas de empreendedorismo e inovação nos cursos técnicos oferecidos, além de consultores especializadas que otimizam processos produtivos, são exemplos de soluções nas quais se pode medir o impacto econômico gerado. Um dos principais exemplos de sucesso é o Programa Espírito Santo Mais Produtivo (ES + Produtivo).

Implementado em parceria com o Sebrae/ES, o programa visa a atender mais de 500 empresas até 2020 com soluções que gerem ganhos de produtividade expressivos, em curto prazo e a um baixo custo. Os resultados alcançados até o momento demonstram ganhos médios de produtividade de 123% nos processos em que a metodologia é aplicada. Em termos financeiros, a empresa que investe no ES + Produtivo tem conseguido um payback médio de dois meses.

Essa ação tem sido a base para que as empresas avancem com soluções mais complexas, incorporando tecnologias da chamada quarta revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0. Incorporar sistemas inteligentes conectados à nuvem para apoio ao processo decisório e criar um gêmeo digital do processo produtivo (digital twin) são exemplos de tecnologias que empresas estão adotando para aumentar o desempenho de três indicadores estratégicos: produtividade, flexibilidade e previsibilidade.

Há muito a se fazer em nosso país para melhoria do cenário econômico atual. Contudo, cabe a cada organização e a cada indivíduo entender seu papel e buscar contribuir com a melhoria e com o crescimento sustentável do ambiente em que está inserido. No que cabe ao Senai, a conexão com as demandas da indústria e a oferta de soluções atualizadas são prioridades constantes com as quais esperamos contribuir com o aumento da competitividade de nossa indústria.

Acesse o Anuário completo!

Mateus de Freitas; Superintendente do Sesi-ES e Diretor Regional do Senai-ES.

 

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Petróleo e gás no Espírito Santo: oportunidades e desafios

Confira o artigo sobre as oportunidades e desafios do setor de Petróleo e gás no Estado publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

A exploração de petróleo no Espírito Santo teve início em terra, em 1957, na região norte do Estado, sendo que o grande salto na produção de petróleo e gás ocorreu com a descoberta dos campos no mar, em águas profundas, no período de 2000 a 2005, com grandes investimentos em exploração, principalmente, pela Petrobras e pela Shell.

O setor de petróleo e gás é o principal do Estado, responde por 28% do valor de transformação Industrial capixaba, adquirindo cerca de R$ 3 bilhões por ano da cadeia de abastecimento, incluindo bens e serviços, além de contribuir com royalties e participações especiais, que em 2016 representou R$ 1,68 bilhão, sendo R$ 1 bilhão destinado ao Governo do Estado e o restante, às prefeituras. Adiciona-se a tudo isso a reserva de cerca de 2 bilhões de barris, em terra e no mar, transformando o Espírito Santo em uma província estratégica para o setor.

No mês de abril de 2018, a produção no Estado atingiu 363.975 bpd de petróleo e 9.186 mil m³/d de gás natural em 83 poços produtores no mar e 301 em terra, sendo o Espírito Santo o 2º maior produtor de petróleo do Brasil, com 14% do total. A produção no mar, pelas operadoras Petrobras e Shell, através de sete plataformas (uma fixa e seis móveis, tipo FPSO – Floating Production Storage and Offloading), representa, atualmente, mais de 95% do total.

Dentro desse contexto foi criado em 2013 o FCP&G – Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, para articular e apoiar as ações das organizações que atuam no Estado, visando a aproveitar as oportunidades para gerar negócios, empregos, inovação e desenvolvimento com sustentabilidade.

A governança do FCP&G é exercida por um Comitê Estratégico constituído pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), Petrobras, Shell, Equinor e Findes, que é responsável pela coordenação executiva.

O FCP&G atua em quatro frentes de trabalho: Geração de Oportunidades e Atração de Investimentos; Desenvolvimento de Novos Produtos e Serviços (Demandas Tecnológicas); Desenvolvimento, Qualificação e Certificação; e Promoção e Divulgação, envolvendo 32 participantes, entre governo, entidades de classe, operadores, fornecedores e instituições de ensino.

No aspecto de Geração de Oportunidades e Atração de Investimentos, o FCP&G está inserido no ambiente de negócios do setor, envolvendo operadoras, afretadoras, detentores de tecnologia e empresas de logística. Muitas conquistas foram alcançadas.

Empresas capixabas estão se tornando referência em fabricação de equipamentos para operação em águas profundas, prestando serviços de montagem e manutenção Industrial de elevado nível de complexidade, sendo reconhecidas pelos clientes.

Quanto ao Desenvolvimento de Novos Produtos e Serviços (Demandas Tecnológicas), com apoio da Petrobras, que acreditou e deu oportunidades às empresas capixabas, há 29 projetos em desenvolvimento, sendo que sete estão em fase de testes, com a participação de 17 fornecedores. Além desses projetos, outros dois já se transformaram em produtos e estão sendo comercializados com excelente receptividade no mercado. O maior objetivo desse grupo é aumentar o número de instituições credenciadas na Agência Nacional de Petróleo (ANP), visando a utilizar os recursos da cláusula de 1% da receita obtida com a produção de óleo e gás para P&D.

O grupo de Desenvolvimento, Qualificação e Certificação tem objetivo de promover o desenvolvimento das competências e das capacidades profissionais e das organizações do Espírito Santo para que obtenham inserção qualificada nas oportunidades de trabalho, de captação de recursos e de fornecimentos de bens e serviços criados pelos encadeamentos produtivos do setor de petróleo e gás.

Com o objetivo de promover o setor de petróleo e gás no Estado do Espirito Santo, divulgar as oportunidades para as empresas que atuam na cadeia produtiva e os benefícios do fortalecimento do setor para a sociedade capixaba, o grupo de

Promoção e Divulgação atua através de clipping diário e newsletter semanal. Estão em construção uma cartilha com passo a passo para quem deseja ser um fornecedor e a realização de um ciclo de formação com encontros teóricos sobre o setor de P&G no Estado.

Cada frente de trabalho tem suas metas definidas com respectivos planos de ação, que são monitorados mensalmente através de reuniões, alternando de anfitrião a cada reunião, procurando uma maior articulação entre os envolvidos e, também, permitindo que todos tenham conhecimento das competências instaladas no Estado.

Exploram e produzem petróleo e gás no Estado diferentes operadoras, destacando-se Petrobras, Shell, Equinor, Vipetro, Central Resource e PetroSinergy. Com as rodadas de licitação de blocos, promovidas pela ANP em 2017, novas empresas passaram a atuar no Estado, destacando a ExxonMobil, Repsol, CNOOC, Imetame, Ubuntu e Ber-tek, representando uma grande expectativa para ampliação de oportunidades e negócios para a cadeia de abastecimento. Até 2022 somente a Petrobras investirá R$ 10 bilhões no Estado.

Para alcançar essas metas, diversas ações têm sido realizadas, destacando os encontros de negócios, seminários, visitas técnicas, palestras e participação em feiras e congressos. A aproximação com as operadoras e afretadoras que atuam no Estado tem permitido um melhor conhecimento das oportunidades e da forma de participar.

A integração com as instituições de ensino tem propiciado a melhoria dos conhecimentos. Na participação em eventos fora do Estado, os representantes do FCP&G têm criado um networking diferente, divulgando as competências anteriormente desconhecidas nesse ambiente de negócio.

Deve-se ressaltar que muito foi feito, mas temos muitas oportunidades ainda não vislumbradas. Importante lembrar que um fornecedor da cadeia de petróleo e gás não é local, é mundial, pois os envolvidos nesse ambiente atuam de forma globalizada.

Acesse o Anuário completo!

Durval Vieira de Freitas; Gerente de petróleo e gás da Findes e coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás.

 

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – A Câmara de Mediação e Arbitragem da Cindes/Findes

Confira o artigo sobre a Câmara de Mediação e Arbitragem publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Vivemos um período de grandes transformações, e as empresas estão demandando efetividade e segurança jurídica para a resolução dos seus conflitos. A mediação e a arbitragem não são tendências novas ou inovadoras. A primeira já estava prevista no

Código de Hamurabi (1694 a.C.) e, por sua vez, algo similar à arbitragem já existia no período das “corporações de mercadores” (Idade Média), tendo os cônsules autonomia para dirimir os conflitos entre os associados. No Brasil, a arbitragem já se fazia presente nas Ordenações Filipinas (1595), bem como no artigo 294 da primeira parte do Código Comercial (1850).

Importante consignar que não se deve confundir mediação e arbitragem com um enfrentamento ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público. Ao contrário, o que se busca é colaborar com a Política Nacional do Conselho Nacional de Justiça (Resolução nº 125/2010) e do Conselho Nacional do Ministério Público (Resolução nº 118/2014), que fomenta, diante da complexidade da sociedade moderna, o tratamento adequado de resolução de conflitos.

Para entender melhor essa política nacional do Poder Judiciário, o ponto de partida é o “Relatório Justiça em Números”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apresenta uma série histórica de dados estatísticos de todos os segmentos do Poder Judiciário brasileiro. No ano de 2016, tramitaram, no Poder Judiciário, 79,7 milhões de processos e, hoje, estamos próximos de 100 milhões de processos em estoque.

A conclusão é que, mesmo com muita boa vontade e esforço, o Judiciário não conseguirá reduzir o tempo de duração de um processo, hoje estimado em 10 (dez) anos, mesmo com o CNJ apontando elevação na produtividade dos magistrados. Como afirmou Carlos Alberto Carmona: “Que ninguém se confunda: a arbitragem não progride à sombra de eventuais dificuldades do Poder Judiciário”. Para que a cultura da mediação e da arbitragem possa florescer na sociedade capixaba, o apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público é essencial.

Por sua vez, a arbitragem está prevista na Lei nº 9.306/1996 (alterada pela Lei nº 13.129/2015) e seu conceito pode ser extraído do Manual de Mediação Judicial do CNJ: “A arbitragem pode ser definida como um processo eminentemente privado – isto porque existem arbitragens internacionais públicas-, nas quais as partes ou interessados buscam o auxílio de um terceiro, neutro ao conflito, ou de um painel de pessoas sem interesse na causa, para, após um devido procedimento, prolatar uma decisão (sentença arbitral) visando a encerrar a disputa”.

A mediação e a arbitragem são utilizadas largamente no mundo, sendo que, no Brasil, o Estado de São Paulo é referência nacional com as Câmaras de Arbitragem da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

A arbitragem representa vantagens para o empresariado, porquanto, por exemplo, tem cláusula de sigilo; as partes têm autonomia para escolher os árbitros; não demanda a complexidade da interpretação das regras processuais; e não cabe recurso da sentença arbitral, estando garantidos os princípios do contraditório, da ampla defesa e da igualdade entre as partes.

Para a criação da Câmara Cindes/Findes, buscamos a orientação da Câmara de Arbitragem da Fiesp e copiamos toda a sua estrutura. Entretanto, quanto à escolha dos árbitros, seguimos o modelo de lista adotado como sistema padrão do ICDR de Nova York (braço internacional do AAA, maior instituição de arbitragem dos Estados Unidos), também implementado como Modelo do Tratado Bilateral de Investimentos na Holanda, ou seja, seguimos a forma mais moderna de escolha de árbitros do mundo.

Os honorários dos mediadores e árbitros seguem a realidade econômica do Estado do Espírito Santo. A duração de uma arbitragem, pela lei, será de seis meses, mas, em auto composição entre as partes e o árbitro, tal demanda pode ser estendida para um ano, mesmo com a realização de perícia.

Para se candidatar a ser mediador ou árbitro, na Câmara Cindes/Findes, é preciso comprovar a participação, como advogado, em três processos em mediação ou arbitragem, ter formação em mediação ou arbitragem, bem como submeter para validação seu currículo ao Conselho Superior da Câmara, órgão integrado por profissionais com formação em mediação e arbitragem, todos indicados pela academia jurídica e pelas Federações do Espírito Santo. Por fim, temos notícias de que, em vários contratos, já consta a convenção de arbitragem da Câmara Cindes/Findes.

Concluindo, somente com “segurança jurídica” o empreendedor poderá exercer sua função social através das empresas, para garantir a manutenção dos valores fundamentais listados na Constituição Federal (cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, desenvolvimento nacional e a erradicação da pobreza). A Câmara de Mediação e Arbitragem é uma iniciativa da Cindes/Findes para o Estado do Espírito Santo.

Acesse o Anuário completo!

Luiz Cláudio Allemand. Advogado, mestre em Direito, ex-ouvidor e conselheiro do CNJ e presidente da Câmara Cindes/Findes.

 

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Inovação no Espírito Santo: desafios e oportunidades

Confira o artigo sobre os desafios e oportunidades para o ramo da inovação no Estado publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Novos produtos, processos e serviços modificam hábitos de consumo e comportamentos e impactam a sociedade de forma geral. No entanto, é importante ressaltar que, de forma mais ampla, a inovação é elemento fundamental para o desenvolvimento do país. Produzir mais e melhor, otimizando o uso de recursos e especialmente de maneira direta e alinhada às necessidades dos clientes, é um direcionador da inovação que efetivamente gera melhorias significativas na qualidade de vida das pessoas, o aumento na competitividade das empresas e os impactos positivos no crescimento da economia.

No Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, publicado em 2017 pela The Economist, o Espírito Santo ficou em 14º lugar no quesito inovação, caracterizando-se como o pior resultado entre as dimensões avaliadas. Essa posição configura-se como um desafio significativo de estruturação e direcionamento, no entanto, retrata-se também (e principalmente) como uma oportunidade para a sociedade em geral e para o setor produtivo, que já é tão forte no Estado.

Para inovar de forma assertiva e com alto impacto, é importante estabelecer conexões. Inovar é um processo complexo, fazê-lo sozinho torna-se ainda mais difícil e tende a gerar resultados limitados. No entanto, com métodos e parceiros adequados, potencializa-se o desenvolvimento, otimizando esforços e com possibilidade de respostas e soluções com maior valor agregado.

Atualmente, várias instituições, empresas e empreendedores têm se movimentado para fortalecer e movimentar o ecossistema de inovação no Espírito Santo baseados em elementos fundamentais como talentos, capital, cultura, ambiente regulatório e densidade.

O Programa Inovação na Indústria Capixaba (Inovic) está implantando iniciativas, métodos e ambientes para incentivar e promover esse processo no setor produtivo. A Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) é uma importante iniciativa para alinhamento dos atores do ecossistema no Estado e atuou ativamente para o recente lançamento do Fundo de Inovação Capixaba com recursos financeiros para projetos, estratégico no avanço da inovação no Estado.

Senai e Sesi têm se consolidado em todo o Brasil como importantes parceiros das indústrias no processo de inovação. A Rede Senai de Institutos de Tecnologia e Inovação e os Centros de Inovação do Sesi estão estruturados com especialistas e laboratórios para agregar competências no desenvolvimento tecnológico de novos produtos, processos, serviços e modelos de negócios. No Estado, o Instituto Senai de Tecnologia em Eficiência Operacional é um ponto focal para acesso a essas redes e o Laboratório aberto é o ambiente de ideação e prototipagem de boas ideias.

Dessa forma, Senai e  Sesi  podem atuar em todo o processo de inovação com empresas e empreendedores, desde o entendimento do desafio, ideação, prototipagem, validação e, desenvolvimento tecnológico até a engenharia para produção piloto e escala, inclusive apoiando na identificação de potenciais fontes de recursos disponíveis e outros parceiros que podem ser estratégicos para o projeto.

A inovação é fundamental para o fortalecimento do setor produtivo e, mesmo com inúmeros desafios, é preciso conectar para, juntos, potencializarmos as oportunidades de inovar e transformar.

Acesse o Anuário completo!

Juliana Gavini Uliana; Gerente de Soluções em Tecnologia e Inovação do Senai Espírito Santo.

 

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Gestão da Cadeia de Suprimentos

Confira o artigo sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Destaque quando o assunto é logística e comércio exterior, as empresas exportadoras do Espírito Santo estão cada vez mais competitivas. Por isso, o assunto logística tem sido muito estudado e é tema de debates dentro do nosso Estado, é daí que vem grande parte da nossa economia.

Dependendo da localização da empresa e do tipo de produto que ela comercializa, a cadeia logística é um fator crítico. Produtos perecíveis, por exemplo, requerem cuidados extras. Por isso, o peso da logística no custo da produção varia de acordo com a realidade da empresa, sendo mais ou menos importante, mas nunca indiferente.

Com o objetivo de resolver os entraves logísticos, os altos custos e alguns problemas nos transportes com fornecedores de outros estados, a então Aracruz Celulose (atual Fibria) iniciou esse processo de atração e criação de fornecedores locais com qualidade, preços competitivos e competência para atender às grandes empresas. Inicialmente, essa ação tinha o objetivo de solucionar algumas necessidades da Aracruz Celulose, mas logo vimos que isso seria interessante para outras indústrias.

Com essa ideia, procuramos a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e nasceu o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor). A partir daí os fornecedores capixabas passaram a ter acesso e contato com as grandes plantas industriais atuantes no Espírito Santo, como a própria Aracruz Celulose, que hoje é a Fibria, e também com ArcelorMittal, Vale, Petrobras, Chemtrade, Cesan, EDP, Samarco e TechnipFMC. Além disso, os fornecedores tiveram a oportunidade de se qualificar, conquistaram certificações importantes, investiram em novas técnicas de trabalho e até conseguem fornecer  cotações e preços melhores para as empresas.

Ao longo desses anos, a competitividade dos fornecedores aumentou e hoje eles já trabalham com compradores no âmbito nacional e internacional. Além disso, as grandes indústrias também tiveram melhora nos seus desempenhos, alinharam e melhoraram seus processos e podem oferecer um produto final ainda melhor para a sociedade como um todo. Por isso, só podemos concluir que todos saem ganhando no processo de qualificação, inclusive a população.

Acesse o Anuário completo!

Luis Soares Cordeiro; Presidente da Estel Serviços Industriais.

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Lean Office: o pensamento enxuto aplicado nas áreas administrativas

Confira o artigo sobre Lean Office publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

O cenário do mercado atual traz novos desafios, que colocam as empresas nacionais de pequeno, médio e grande portes na corrida pelo aperfeiçoamento da qualidade da gestão, do aumento da competitividade e da produtividade, e da implementação de estratégias de inovação.

Em meio a todas essas mudanças no mercado e, consequentemente, na concorrência da indústria mundial, o Brasil se encontra diante de grandes oportunidades para o aumento da competitividade. O conceito enxuto procura envolver e integrar não só a manufatura, mas também todas as partes de uma organização, com o objetivo de eliminar desperdícios e aumentar a agregação de valor. Dessa forma, a empresa passa a atender às necessidades de seus clientes em menos tempo, com alta qualidade e baixo custo (GUINATO, 2000).

O pensamento enxuto aplicado nas áreas administrativas é de vital importância, principalmente quando se constata que 60% a 80% de todos os custos envolvidos para satisfazer à demanda de um cliente são de natureza administrativa (TAPPING; SHUKER, 2010).

A metodologia em Lean Office, desenvolvida pelo Instituto Euvaldo Lodi – Núcleo Central, resume as principais técnicas e ferramentas utilizadas para tornar enxuto um espaço de escritório, com instrumentos que definem e delimitam o caminho da administração de um ambiente informacional com base na mentalidade Lean.

O Lean Office IEL é um produto de caráter inovador, desenvolvido através de um Modelo de Intervenção/Método de Trabalho específico, a partir de dois elementos centrais: resultado e método, para apoiar o aumento da competitividade e o desenvolvimento da indústria brasileira, unindo e utilizando de forma sinérgica ferramentas importantes para buscar a excelência operacional das empresas.

O produto é direcionado para aplicação em áreas administrativas e/ou em atividades de apoio e serviços para as empresas que querem agilizar seus processos, reduzir os custos operacionais e implantar um sistema de melhoria contínua para atuarem em mercados de alta competitividade.

Para atender às diversas exigências e necessidades do mercado, o IEL criou três diferentes soluções: O método de trabalho já foi aplicado em unidades do Sistema Indústria (federações e departamentos regionais do Sesi e do Senai), em média e grande indústria e também na administração pública. Foram alcançados os seguintes resultados:

– Redução de 56% do tempo (horas) de permanência do cliente na unidade de atendimento de saúde ocupacional;

– Redução de 63% da quantidade de atividades durante o atendimento ao trabalhador na unidade de atendimento de saúde ocupacional;

– Redução de 196 horas/ano na conferência das pautas dos professores;

– Redução de 100% das ligações para buscar informações que estão disponíveis no sistema de atendimento;

– Aumento da execução orçamentária de 73,6% para 95% na projeção anual;

– Crescimento das licitações com êxito de 50% para 75%;

– Redução do lead time de compra em cinco dias úteis;

– Padronização de documentações e controles;

– Redução de 55% do tempo total de permanência do candidato no ambulatório;

– Aumento do Prazo Médio Pagamento – PMP ao fornecedor, de 21 para 25 dias.

Acesse o Anuário completo!

Por: Jakeline Postai, Natianne Araujo, Paula Amaral e Thiago Menezes

Read More

Série 200 Maiores e Melhores – Passaporte Industrial

Confira o artigo sobre Passaporte Industrial publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Até o ano de 2013, o Espírito Santo vivia um período de intensas contratações e execuções de grandes projetos. Essas contratações esbarravam em alguns gargalos, como a morosidade na mobilização de trabalhadores em razão da necessidade de repetições de treinamentos e de exames em cada complexo Industrial onde os empregados eram deslocados, o que trazia como consequência o aumento de custos para todos. O Passaporte Industrial foi concebido para mitigar esses gargalos, trazendo agilidade e aumentando a competitividade das empresas capixabas.

O Passaporte Industrial é um programa de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio da Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção, coordenado e executado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), com o apoio do Governo do Estado do Espírito Santo, através da Secretaria de Estado Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades).

CONTRATANTES:

Inicialmente fizeram a adesão grandes indústrias, como Vale, ArcelorMittal, Fibria e Samarco. O Passaporte Industrial está aberto a empresas contratantes que desejarem fazer parte dessa iniciativa.

CONTRATADAS:

Empresas prestadoras de serviços das contratantes.

CREDENCIADAS:

Empresas prestadoras de serviço de treinamentos, de elaboração de documentos legais e de exames médicos, para as empresas contratadas.

SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO (SINE):

No Estado do Espírito Santo, o Sine é vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento social (Setades), sendo responsável pela captação de oportunidades e pelo encaminhamento de trabalhadores às empresas contratadas nos cargos requeridos pelas mesmas.

IEL-ES:

Entidade ligada à Findes, responsável pela coordenação e operacionalização do Passaporte Industrial. Na construção do Passaporte Industrial, foi empreendido um grande esforço, sendo criados grupos de trabalho que ficaram responsáveis por cada parte do programa. O Grupo de Saúde tratou dos exames necessários, das validades desses exames no âmbito do Passaporte Industrial e de modelos de ficha clínica e de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) aceitos em cada contratante.

O Grupo de Treinamentos definiu os treinamentos comuns às contratantes, seu conteúdo programático, as cargas horárias necessárias e o modelo de certificado. Já o Grupo do Regulamento definiu as regras de operacionalização do Passaporte Industrial, levando em consideração os diversos atores do programa. O Grupo do Sistema definiu a especificação do sistema informatizado para a gestão das informações do Passaporte Industrial.

Os benefícios da utilização do Passaporte Industrial são muitos, para todas as partes. Para as empresas contratantes, por exemplo, ocorre uma maior velocidade no início de um serviço contratado, maior agilidade nas auditorias das empresas contratadas, redução de custos com mobilização dos contratos. Para as contratadas, podemos citar a redução de custo e tempo com treinamentos e exames de empregados e redução de prazo para mobilização de empregados nos contratos.

Para os que estão em busca de emprego, há oferta de oportunidade unificada e disponibilidade de agências do Sine em diversos municípios, evitando deslocamentos desnecessários. Com sua operação avaliada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o Passaporte Industrial segue à risca a legislação trabalhista brasileira e consegue cumprir a sua essência na prática: reduzir o prazo de mobilização de empregados, trazendo mais competitividade para as empresas participantes.

Acesse o Anuário completo!

Cassiano Orsi Hemerly.  Analista de Negócios do IEL-ES e Coordenador Executivo do Passaporte Industrial; Engenheiro mecânico, com especialização em Gestão Industrial, coordenador de projetos (Prodfor, ISO 29.110, SGQ-TEC, PBQP-H), com 17 anos de experiência em consultoria na área de Gestão Empresarial e Auditoria de Sistemas de Gestão e Processos.

Read More