Série 200 Maiores e Melhores – Inovação no Espírito Santo: desafios e oportunidades

Confira o artigo sobre os desafios e oportunidades para o ramo da inovação no Estado publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Novos produtos, processos e serviços modificam hábitos de consumo e comportamentos e impactam a sociedade de forma geral. No entanto, é importante ressaltar que, de forma mais ampla, a inovação é elemento fundamental para o desenvolvimento do país. Produzir mais e melhor, otimizando o uso de recursos e especialmente de maneira direta e alinhada às necessidades dos clientes, é um direcionador da inovação que efetivamente gera melhorias significativas na qualidade de vida das pessoas, o aumento na competitividade das empresas e os impactos positivos no crescimento da economia.

No Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, publicado em 2017 pela The Economist, o Espírito Santo ficou em 14º lugar no quesito inovação, caracterizando-se como o pior resultado entre as dimensões avaliadas. Essa posição configura-se como um desafio significativo de estruturação e direcionamento, no entanto, retrata-se também (e principalmente) como uma oportunidade para a sociedade em geral e para o setor produtivo, que já é tão forte no Estado.

Para inovar de forma assertiva e com alto impacto, é importante estabelecer conexões. Inovar é um processo complexo, fazê-lo sozinho torna-se ainda mais difícil e tende a gerar resultados limitados. No entanto, com métodos e parceiros adequados, potencializa-se o desenvolvimento, otimizando esforços e com possibilidade de respostas e soluções com maior valor agregado.

Atualmente, várias instituições, empresas e empreendedores têm se movimentado para fortalecer e movimentar o ecossistema de inovação no Espírito Santo baseados em elementos fundamentais como talentos, capital, cultura, ambiente regulatório e densidade.

O Programa Inovação na Indústria Capixaba (Inovic) está implantando iniciativas, métodos e ambientes para incentivar e promover esse processo no setor produtivo. A Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) é uma importante iniciativa para alinhamento dos atores do ecossistema no Estado e atuou ativamente para o recente lançamento do Fundo de Inovação Capixaba com recursos financeiros para projetos, estratégico no avanço da inovação no Estado.

Senai e Sesi têm se consolidado em todo o Brasil como importantes parceiros das indústrias no processo de inovação. A Rede Senai de Institutos de Tecnologia e Inovação e os Centros de Inovação do Sesi estão estruturados com especialistas e laboratórios para agregar competências no desenvolvimento tecnológico de novos produtos, processos, serviços e modelos de negócios. No Estado, o Instituto Senai de Tecnologia em Eficiência Operacional é um ponto focal para acesso a essas redes e o Laboratório aberto é o ambiente de ideação e prototipagem de boas ideias.

Dessa forma, Senai e  Sesi  podem atuar em todo o processo de inovação com empresas e empreendedores, desde o entendimento do desafio, ideação, prototipagem, validação e, desenvolvimento tecnológico até a engenharia para produção piloto e escala, inclusive apoiando na identificação de potenciais fontes de recursos disponíveis e outros parceiros que podem ser estratégicos para o projeto.

A inovação é fundamental para o fortalecimento do setor produtivo e, mesmo com inúmeros desafios, é preciso conectar para, juntos, potencializarmos as oportunidades de inovar e transformar.

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Juliana Gavini Uliana; Gerente de Soluções em Tecnologia e Inovação do Senai Espírito Santo.

 

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Série 200 Maiores e Melhores – Gestão da Cadeia de Suprimentos

Confira o artigo sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Destaque quando o assunto é logística e comércio exterior, as empresas exportadoras do Espírito Santo estão cada vez mais competitivas. Por isso, o assunto logística tem sido muito estudado e é tema de debates dentro do nosso Estado, é daí que vem grande parte da nossa economia.

Dependendo da localização da empresa e do tipo de produto que ela comercializa, a cadeia logística é um fator crítico. Produtos perecíveis, por exemplo, requerem cuidados extras. Por isso, o peso da logística no custo da produção varia de acordo com a realidade da empresa, sendo mais ou menos importante, mas nunca indiferente.

Com o objetivo de resolver os entraves logísticos, os altos custos e alguns problemas nos transportes com fornecedores de outros estados, a então Aracruz Celulose (atual Fibria) iniciou esse processo de atração e criação de fornecedores locais com qualidade, preços competitivos e competência para atender às grandes empresas. Inicialmente, essa ação tinha o objetivo de solucionar algumas necessidades da Aracruz Celulose, mas logo vimos que isso seria interessante para outras indústrias.

Com essa ideia, procuramos a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e nasceu o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor). A partir daí os fornecedores capixabas passaram a ter acesso e contato com as grandes plantas industriais atuantes no Espírito Santo, como a própria Aracruz Celulose, que hoje é a Fibria, e também com ArcelorMittal, Vale, Petrobras, Chemtrade, Cesan, EDP, Samarco e TechnipFMC. Além disso, os fornecedores tiveram a oportunidade de se qualificar, conquistaram certificações importantes, investiram em novas técnicas de trabalho e até conseguem fornecer  cotações e preços melhores para as empresas.

Ao longo desses anos, a competitividade dos fornecedores aumentou e hoje eles já trabalham com compradores no âmbito nacional e internacional. Além disso, as grandes indústrias também tiveram melhora nos seus desempenhos, alinharam e melhoraram seus processos e podem oferecer um produto final ainda melhor para a sociedade como um todo. Por isso, só podemos concluir que todos saem ganhando no processo de qualificação, inclusive a população.

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Luis Soares Cordeiro; Presidente da Estel Serviços Industriais.

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Série 200 Maiores e Melhores – Lean Office: o pensamento enxuto aplicado nas áreas administrativas

Confira o artigo sobre Lean Office publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

O cenário do mercado atual traz novos desafios, que colocam as empresas nacionais de pequeno, médio e grande portes na corrida pelo aperfeiçoamento da qualidade da gestão, do aumento da competitividade e da produtividade, e da implementação de estratégias de inovação.

Em meio a todas essas mudanças no mercado e, consequentemente, na concorrência da indústria mundial, o Brasil se encontra diante de grandes oportunidades para o aumento da competitividade. O conceito enxuto procura envolver e integrar não só a manufatura, mas também todas as partes de uma organização, com o objetivo de eliminar desperdícios e aumentar a agregação de valor. Dessa forma, a empresa passa a atender às necessidades de seus clientes em menos tempo, com alta qualidade e baixo custo (GUINATO, 2000).

O pensamento enxuto aplicado nas áreas administrativas é de vital importância, principalmente quando se constata que 60% a 80% de todos os custos envolvidos para satisfazer à demanda de um cliente são de natureza administrativa (TAPPING; SHUKER, 2010).

A metodologia em Lean Office, desenvolvida pelo Instituto Euvaldo Lodi – Núcleo Central, resume as principais técnicas e ferramentas utilizadas para tornar enxuto um espaço de escritório, com instrumentos que definem e delimitam o caminho da administração de um ambiente informacional com base na mentalidade Lean.

O Lean Office IEL é um produto de caráter inovador, desenvolvido através de um Modelo de Intervenção/Método de Trabalho específico, a partir de dois elementos centrais: resultado e método, para apoiar o aumento da competitividade e o desenvolvimento da indústria brasileira, unindo e utilizando de forma sinérgica ferramentas importantes para buscar a excelência operacional das empresas.

O produto é direcionado para aplicação em áreas administrativas e/ou em atividades de apoio e serviços para as empresas que querem agilizar seus processos, reduzir os custos operacionais e implantar um sistema de melhoria contínua para atuarem em mercados de alta competitividade.

Para atender às diversas exigências e necessidades do mercado, o IEL criou três diferentes soluções: O método de trabalho já foi aplicado em unidades do Sistema Indústria (federações e departamentos regionais do Sesi e do Senai), em média e grande indústria e também na administração pública. Foram alcançados os seguintes resultados:

– Redução de 56% do tempo (horas) de permanência do cliente na unidade de atendimento de saúde ocupacional;

– Redução de 63% da quantidade de atividades durante o atendimento ao trabalhador na unidade de atendimento de saúde ocupacional;

– Redução de 196 horas/ano na conferência das pautas dos professores;

– Redução de 100% das ligações para buscar informações que estão disponíveis no sistema de atendimento;

– Aumento da execução orçamentária de 73,6% para 95% na projeção anual;

– Crescimento das licitações com êxito de 50% para 75%;

– Redução do lead time de compra em cinco dias úteis;

– Padronização de documentações e controles;

– Redução de 55% do tempo total de permanência do candidato no ambulatório;

– Aumento do Prazo Médio Pagamento – PMP ao fornecedor, de 21 para 25 dias.

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Por: Jakeline Postai, Natianne Araujo, Paula Amaral e Thiago Menezes

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Série 200 Maiores e Melhores – Passaporte Industrial

Confira o artigo sobre Passaporte Industrial publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Até o ano de 2013, o Espírito Santo vivia um período de intensas contratações e execuções de grandes projetos. Essas contratações esbarravam em alguns gargalos, como a morosidade na mobilização de trabalhadores em razão da necessidade de repetições de treinamentos e de exames em cada complexo Industrial onde os empregados eram deslocados, o que trazia como consequência o aumento de custos para todos. O Passaporte Industrial foi concebido para mitigar esses gargalos, trazendo agilidade e aumentando a competitividade das empresas capixabas.

O Passaporte Industrial é um programa de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio da Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção, coordenado e executado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), com o apoio do Governo do Estado do Espírito Santo, através da Secretaria de Estado Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades).

CONTRATANTES:

Inicialmente fizeram a adesão grandes indústrias, como Vale, ArcelorMittal, Fibria e Samarco. O Passaporte Industrial está aberto a empresas contratantes que desejarem fazer parte dessa iniciativa.

CONTRATADAS:

Empresas prestadoras de serviços das contratantes.

CREDENCIADAS:

Empresas prestadoras de serviço de treinamentos, de elaboração de documentos legais e de exames médicos, para as empresas contratadas.

SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO (SINE):

No Estado do Espírito Santo, o Sine é vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento social (Setades), sendo responsável pela captação de oportunidades e pelo encaminhamento de trabalhadores às empresas contratadas nos cargos requeridos pelas mesmas.

IEL-ES:

Entidade ligada à Findes, responsável pela coordenação e operacionalização do Passaporte Industrial. Na construção do Passaporte Industrial, foi empreendido um grande esforço, sendo criados grupos de trabalho que ficaram responsáveis por cada parte do programa. O Grupo de Saúde tratou dos exames necessários, das validades desses exames no âmbito do Passaporte Industrial e de modelos de ficha clínica e de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) aceitos em cada contratante.

O Grupo de Treinamentos definiu os treinamentos comuns às contratantes, seu conteúdo programático, as cargas horárias necessárias e o modelo de certificado. Já o Grupo do Regulamento definiu as regras de operacionalização do Passaporte Industrial, levando em consideração os diversos atores do programa. O Grupo do Sistema definiu a especificação do sistema informatizado para a gestão das informações do Passaporte Industrial.

Os benefícios da utilização do Passaporte Industrial são muitos, para todas as partes. Para as empresas contratantes, por exemplo, ocorre uma maior velocidade no início de um serviço contratado, maior agilidade nas auditorias das empresas contratadas, redução de custos com mobilização dos contratos. Para as contratadas, podemos citar a redução de custo e tempo com treinamentos e exames de empregados e redução de prazo para mobilização de empregados nos contratos.

Para os que estão em busca de emprego, há oferta de oportunidade unificada e disponibilidade de agências do Sine em diversos municípios, evitando deslocamentos desnecessários. Com sua operação avaliada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o Passaporte Industrial segue à risca a legislação trabalhista brasileira e consegue cumprir a sua essência na prática: reduzir o prazo de mobilização de empregados, trazendo mais competitividade para as empresas participantes.

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Cassiano Orsi Hemerly.  Analista de Negócios do IEL-ES e Coordenador Executivo do Passaporte Industrial; Engenheiro mecânico, com especialização em Gestão Industrial, coordenador de projetos (Prodfor, ISO 29.110, SGQ-TEC, PBQP-H), com 17 anos de experiência em consultoria na área de Gestão Empresarial e Auditoria de Sistemas de Gestão e Processos.

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Série 200 Maiores e Melhores – Associativismo como estratégia competitiva

Confira o artigo sobre Associativismo publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

O associativismo é inerente ao ser humano. Nossa evolução demonstra a relevância das associações para o desenvolvimento da sociedade, pois essas entidades fazem parte do nosso dia a dia de forma tão natural que nem percebemos o quanto influenciam nossas vidas. De organizações econômicas entre países até os condomínios em que moramos, tudo passa pelo associativismo.

No meio empresarial temos diferentes nomenclaturas para definir o agrupamento de empresas, como sindicatos empresariais, associações comerciais, cooperativas, joint ventures, clusters, entre outros.

Independentemente do termo, as estratégias definem uma iniciativa que reúne um grupo de empresas ou pessoas com o objetivo principal de superar dificuldades comuns e gerar benefícios econômicos, sociais ou políticos.

O associativismo empresarial  é uma ferramenta para elaborar estratégias competitivas coletivas que, se bem utilizadas, servirão para alcançar o crescimento dos envolvidos no processo.

É por meio do associativismo que as empresas conseguem se organizar, identificar seus desafios e criar soluções de forma que consigam ampliar sua produtividade, inovação e desenvolvimento de mercados. E essas organizações contribuem para melhoria do ambiente de negócios, em situações que, individualmente, as empresas não teriam a mesma representatividade.

Além disso, as empresas passam a ser protagonistas nos processos de decisão de ações setoriais, na defesa dos interesses do setor perante o poder público, nas relações com a sociedade e negociações coletivas, assim como passam a ter acesso a informações qualificadas e acesso diferenciado a serviços oferecidos pela associação e podem expandir sua rede de relacionamento com outras indústrias e fornecedores do setor.

Os motivos pelos quais as empresas optam por unir forças em prol de um objetivo comum são inúmeros, uma vez que o associativismo, se bem conduzido, oportuniza um crescimento organizacional de grandes proporções, buscando estabelecer um relacionamento de parceria entre as empresas.

Muitos empresários, ao não participar de associações, usam argumentos como “o segredo é a alma do negócio”, “o meu concorrente deve desaparecer” e até mesmo “aquela associação não faz nada”. No entanto, ter uma forma de produção única ou ficar sozinho em um determinado mercado não é garantia de sucesso.

O êxito das associações está justamente na participação dos empresários, de forma que estes reconheçam o poder da coletividade na contribuição para o êxito individual. Estar em uma associação não garante sucesso de uma organização, mas sem dúvidas ajuda o empresário a conquistar esse objetivo.

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Bruna Rabelo Lozer. Coordenadora da área sindical da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e gestora do Programa de Desenvolvimento Associativo no Espírito Santo; Graduada em Administração de Empresas, com pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Fucape Business School.

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