Confira o artigo sobre Passaporte Industrial publicado no Anuário IEL das 200 Maiores e Melhores Empresas do Espírito Santo 2018

Até o ano de 2013, o Espírito Santo vivia um período de intensas contratações e execuções de grandes projetos. Essas contratações esbarravam em alguns gargalos, como a morosidade na mobilização de trabalhadores em razão da necessidade de repetições de treinamentos e de exames em cada complexo Industrial onde os empregados eram deslocados, o que trazia como consequência o aumento de custos para todos. O Passaporte Industrial foi concebido para mitigar esses gargalos, trazendo agilidade e aumentando a competitividade das empresas capixabas.

O Passaporte Industrial é um programa de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), por meio da Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção, coordenado e executado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), com o apoio do Governo do Estado do Espírito Santo, através da Secretaria de Estado Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades).

CONTRATANTES:

Inicialmente fizeram a adesão grandes indústrias, como Vale, ArcelorMittal, Fibria e Samarco. O Passaporte Industrial está aberto a empresas contratantes que desejarem fazer parte dessa iniciativa.

CONTRATADAS:

Empresas prestadoras de serviços das contratantes.

CREDENCIADAS:

Empresas prestadoras de serviço de treinamentos, de elaboração de documentos legais e de exames médicos, para as empresas contratadas.

SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO (SINE):

No Estado do Espírito Santo, o Sine é vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento social (Setades), sendo responsável pela captação de oportunidades e pelo encaminhamento de trabalhadores às empresas contratadas nos cargos requeridos pelas mesmas.

IEL-ES:

Entidade ligada à Findes, responsável pela coordenação e operacionalização do Passaporte Industrial. Na construção do Passaporte Industrial, foi empreendido um grande esforço, sendo criados grupos de trabalho que ficaram responsáveis por cada parte do programa. O Grupo de Saúde tratou dos exames necessários, das validades desses exames no âmbito do Passaporte Industrial e de modelos de ficha clínica e de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) aceitos em cada contratante.

O Grupo de Treinamentos definiu os treinamentos comuns às contratantes, seu conteúdo programático, as cargas horárias necessárias e o modelo de certificado. Já o Grupo do Regulamento definiu as regras de operacionalização do Passaporte Industrial, levando em consideração os diversos atores do programa. O Grupo do Sistema definiu a especificação do sistema informatizado para a gestão das informações do Passaporte Industrial.

Os benefícios da utilização do Passaporte Industrial são muitos, para todas as partes. Para as empresas contratantes, por exemplo, ocorre uma maior velocidade no início de um serviço contratado, maior agilidade nas auditorias das empresas contratadas, redução de custos com mobilização dos contratos. Para as contratadas, podemos citar a redução de custo e tempo com treinamentos e exames de empregados e redução de prazo para mobilização de empregados nos contratos.

Para os que estão em busca de emprego, há oferta de oportunidade unificada e disponibilidade de agências do Sine em diversos municípios, evitando deslocamentos desnecessários. Com sua operação avaliada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o Passaporte Industrial segue à risca a legislação trabalhista brasileira e consegue cumprir a sua essência na prática: reduzir o prazo de mobilização de empregados, trazendo mais competitividade para as empresas participantes.

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Cassiano Orsi Hemerly.  Analista de Negócios do IEL-ES e Coordenador Executivo do Passaporte Industrial; Engenheiro mecânico, com especialização em Gestão Industrial, coordenador de projetos (Prodfor, ISO 29.110, SGQ-TEC, PBQP-H), com 17 anos de experiência em consultoria na área de Gestão Empresarial e Auditoria de Sistemas de Gestão e Processos.

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